Conferência a irmãs Clarissas
setembro 16, 2016
Nesta quinta-feira 15 de setembro
de 2016, nosso superior, Pe. Estêvão, esteve em Marília, no Mosteiro Maria Imaculada,
das irmãs Clarissas. Em conferência com as irmãs, falou sobre a importância da
Misericórdia de Deus. Sua reflexão partiu da Sagrada Escritura, citando o Salmo
135 este que é um compendio da Misericórdia, citou pontos tocantes da vida
Consagrada, sobretudo contemplativa, elucidou como podemos viver e ser
misericordiosos entre aqueles que vivem conosco e disse que a revelação máxima
da Misericórdia é o rosto de Jesus.
Dizia que o pecado original, cometido por Adão e Eva foi um “acidente”, onde o homem se desviou do olhar de Deus, olhou para si e desta forma descobriu que estava nú, sem intimidade com Deus. Adão e Eva e toda a geração tornaram-se miseráveis, desviaram seu olhar de Deus e perderam sua identidade de imagem e semelhança.
Dirigindo-se as irmãs, disse: “A
maioria dos nossos maus sentimentos é porque não olhamos para Deus, não nos identificamos
como filhos, tal como fomos criados. Nisto consiste a miséria humana, que olha
somente para si.” Acrescentou: “Se queremos nos alegrar com nosso chamado
tenhamos consciência que nossos pais Adão e Eva eram altamente contemplativos”,
citando São Bernardo dizia que eles – Adão e Eva – eram contemplativos porque
tinham os olhares fixos em Deus – antes do pecado –, além de contemplar toda
obra criada não tiravam o olhar do seu criador e desta forma, dizia o prior: “compreendemos
nossa vocação contemplativa.” Exortava as irmãs de clausura a voltarem-se ao
amor misericordioso de Deus.
Ressaltou que a vida
contemplativa é um grande sinal para um mundo marcado por tanta correria e
medo. Os contemplativos através de sua entrega vivem “distribuindo fonte de
misericórdia aos corações humanos”.
Expos a beleza de viver este Ano
Extraordinário da Misericórdia voltando-nos para a misericórdia, tendo
consciência de nossas misérias, preocupações, cansaço, desanimo, desagrado como
vindos de uma raiz, ou seja, do pecado original. E desta maneira fazer um
percurso de retorno para o olhar de Deus, aquilo que Adão e Eva não o fizeram.
Foi um momento de riquezas
espirituais inenarráveis e interação com as 14 monjas que expressaram alegria e
desejo de Deus. Elas partilharam a graça de terem em seu mosteiro a Porta Santa
da Misericórdia e como tem sido passar pela Porta Santa diariamente e oferecer
indulgências para toda a humanidade.
Ir. Gabriel, FGMC
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